Resenha: Um conde para minha amiga – Tânia Picon

Editora Portal, selo Reino, 96 páginas

Violet Melbory, que não acredita ter atrativos suficientes para arranjar um pretendente para si mesma, inicia a temporada, bem como sua apresentação social, mais preocupada em arranjar um bom partido para uma de suas melhores amigas. Pois Sophie Valdere sofreu uma decepção amorosa e Violet deseja ver um sorriso de volta ao rosto da amiga. Ela só precisa agora encontrar um pretendente adequado… Um que seja rico e de boa família, para que os pais de Sophie aprovem, e bonito. O que, talvez, não seja tão fácil assim… Quando de repente Violet se depara com um cavalheiro que se enquadra em todos os quesitos, descobre também que ele tem um apetite insaciável, então resolve se aproximar dele usando um trunfo que tem. Violet faz, em segredo, biscoitos. O problema é que nem sempre as coisas ocorrem da maneira como o esperado e, entre biscoitos, talvez Violet descubra que não é tão sem atrativos assim. E que ser bela como suas irmãs e amigas não é assim tão fundamental para se encontrar um final feliz

Desde que eu vi a capa de “Um conde para minha amiga”, eu já quis esse livro. Não sabia qual seria a história (embora, pelo título, a gente possa ter uma ideia) e nunca tinha lido nada da autora, mas um livro lindo desses merecia um lugarzinho na minha coleção. A princípio, quando eu comprei, foi sabendo que a leitura ainda iria demorar (tantos livros na lista!), mas quando vi que era pequeno (menos de 100 páginas) resolvi passar ele para frente e foi uma decisão muito acertada, viu?

Que livro delicioso de ler! Tânia Picon escreve de uma maneira leve e bem-humorada, o que faz com que tenhamos vontade de continuar virando as páginas. Os personagens principais desse romance são Violet Melbory, herdeira de um nobre e uma confeiteira amadora, e Thomas Beltgrad, um conde apaixonado por biscoitos. Uma graça, não? Claro que outros aspectos da personalidade de Violet são trabalhados durante o livro, mas eu não podia deixar de mencionar os biscoitos – uma parte muito divertida da história.

Violet não tem pretensão de se casar. Ela acredita que é sem graça, especialmente em comparação com duas irmãs mais velhas (todas casadas), e sofre em razão da indiferença por parte da mãe. Apesar dos pesares, Violet encontra conforto em fazer biscoitos e em suas duas melhores amigas: Emma e Sophie. E é por causa de Sophie que a história começa a andar… Sophie sofre uma decepção amorosa e Violet toma para si a tarefa de encontrar um outro pretendente para a amiga. O pretendente em questão surge quando ela mais precisava: Thomas Beltgrad, antigo conhecido de Violet, chega em Londres a procura de uma esposa.

Eu sorri lendo esse livro. Achei de uma inocência e de uma delicadeza contagiantes. Violet e Thomas passam a apreciar a companhia um do outro (tudo pelos biscoitos!) e um sentimento genuíno vai nascendo daí, culminando no tão esperado (e amado por nós) final feliz. Eu só senti um pouquinho de falta de mais pontos de vista do Thomas e um cuidado com as formas de tratamento com relação aos nobres, mas nada que atrapalhe o quanto eu gostei do livro. Ele é realmente muito especial.

Agora estou ansiosa para ler a continuação da série (tem livro para as duas amigas da Violet sim!), mas por enquanto tem apenas o formato e-book e eu confesso que não sou muito adepta de ler no Ipad/computador. Vou esperar mais um tempinho e torcer para a editora Portal publicar os outros dois (que têm capas lindas como “Um conde para minha amiga”), mas caso isso não aconteça vou ler em e-book mesmo e espero que sejam tão mágicos quanto esse ?

Com carinho, Roberta.

A imagem é da capa do livro “Um conde para minha amiga”.

Postado por: Roberta Ouriques

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