Resenha: Uma duquesa qualquer – Tessa Dare

Editora Gutenberg, 268 páginas

Título original: Any duchess will do

Tradução: A C Reis

O que fazer com um duque relutante em se casar? A Duquesa de Halford – e mãe de Griffin, o duque libertino, irresponsável, que deseja apenas os prazeres da vida – tem o plano perfeito. Na verdade, ela conhece o lugar perfeito… Spindle Cove.

No paraíso das jovens solteiras, a duquesa insiste para que o filho escolha uma dama. Qualquer uma. E ela a transformará na melhor duquesa de Londres. Griff, então, decide achar alguém que acabará com os planos e com a ideia maluca de força-lo a se casar… Ele escolhe a atendente da taverna Touro & Flor, Pauline Simms – que nunca sonhou com duques ou com casamento, mas sim com o dinheiro que possibilitaria uma mudança completa em sua vida e na vida da pobre irmã, Daniela.

O duque e a Srta. Simms estabelecem um acordo: a mãe de Griff tem uma semana para transformar a criada em uma duquesa perfeita, então Pauline deverá ser um desastre durante sete dias e, se tudo der certo (ou melhor, se tudo der completamente errado), receberá mil libras e poderá realizar o sonho de construir a própria biblioteca em Spindle Cove.

Em pouco tempo, porém, o duque é surpreendido ao conhecer Pauline e descobrir que a moça é muito mais do que uma simples atendente, e a atração entre os dois é inevitável. Mas em um mundo em que as classes sociais são o que realmente importa, vence a ambição ou o coração?

Tessa Dare é uma escritora norte-americana de romances de época, que já tem quinze romances publicados em quatro séries diferentes. No Brasil, as séries “Castle Ever After” e “Spindle Cove” estão sendo publicadas pela Editora Gutenberg. “Uma duquesa qualquer” é o quinto livro da série “Spindle Cove” (contando com a novela “A bela e o ferreiro”). Foi originalmente publicado em 2013 e em 2017 traduzido e publicado em português.

Esse livro nos trás a história de Griffin York, duque de Halford e de Pauline Simms, uma atendente de taverna. Num belo dia, Griffin, também conhecido como Griff, é levado por sua mãe até Spindle Cove, onde a duquesa-viúva espera que seu filho encontre uma esposa. A duquesa diz ao filho que pode transformar qualquer moça de Spindle Cove em uma duquesa e pede que o filho faça sua escolha. Ela só esquece de dizer que transformaria qualquer moça bem-nascida em duquesa e Griff, numa tentativa de afrontar sua mãe, escolhe Pauline Simms – a mulher mais imperfeita do vilarejo. Griff e Pauline, então, fazem um acordo. Ele irá pagar mil libras para ela se, durante uma semana, ela se esforçar para não conseguir seguir as instruções da duquesa de Halford. Pauline, que se considera uma mulher nada elegante e desastrada, acredita que será moleza e Griff, que conhece os altos padrões de sua mãe, também. O que nenhum esperava era que pudessem se apaixonar de verdade.

Alguém lembra do duque de Halford quando ele apareceu no segundo livro da série, “Uma semana para se perder”? Se sim, saibam que o duque está muito mudado (embora alguma parte de sua essência continue). Quando eu li a sinopse e vi que o livro seria sobre ele, eu quase pensei em desistir de ler, tamanha tinha sido minha antipatia por ele no livro da Minerva e do Colin. Como Tessa Dare poderia transformar aquele homem em um mocinho por quem eu “me apaixonasse”? Bem, de alguma forma, ela fez.

Griffin é aquele personagem que complica sua própria vida em razão de algum acontecimento e, normalmente, eu não tenho muita paciência para isso não.  A exceção é quando o personagem tem uma história mais profunda, séria, e não apenas um impedimento bobo para fazer ou deixar de fazer o que tem vontade. Griff me deixou um pouco na dúvida nesse sentido e eu não sei se consigo “aceitar” suas motivações ou não.

Pauline, diferente dele, é muito interessante e divertida. Ela vem de uma família humilde e trabalha na “Touro & Flor”, em Spindle Cove, para ajudar nos gastos mensais. Suas preocupações são mais reais: ter o que comer, o horário que precisa ir trabalhar e sua irmã mais nova. Além disso, Pauline tem um sonho para lá de especial: abrir uma biblioteca! Não tem como não gostar dela.

Da série Spindle Cove, devo dizer que este foi o livro que menos gostei ☹ A história é legal, temos diálogos engraçados e as cenas hot que só a Tessa Dare sabe escrever, mas não me cativou muito. Não é ruim, mas também não tem nada de especial. Como uma das minhas séries de época favoritas é a série “Castle Ever After”, também da Tessa Dare, e como eu gostei dos outros livros da série “Spindle Cove”, eu fiquei meio decepcionada em não gostar do livro. Mas acontece, né?

Apesar dos pesares (rs), teve um ponto muito positivo nesse livro, ao meu ver ?

Conforme eu já mencionei, Pauline tem um sonho de abrir uma biblioteca e fica encantada ao conhecer a imensa biblioteca do duque de Halford. Ele, então, acaba comentando com ela que os únicos livros que ele já procurou foram os livros obscenos… e Pauline gosta da ideia:

– Uma biblioteca circulante cheia de livros obscenos. É disso mesmo que eu preciso! Quero dizer, nem todo livro deve ser obrigatoriamente escandaloso, mas muitos deles devem ser. Em casa, as moças podem ter todos os livros decorosos que quiserem, não é? Elas vão a Spindle Cove para quebrar as regras.

Nisso tudo aí, nós ganhamos “de graça” algumas indicações de livros lá daquela época, mas nem um pouco comportados rs. Fanny Hill, um deles, eu já comprei e estou lendo, então logo teremos resenha hehe. Mas, por enquanto, espero que tenham gostado desta.

Com carinho, Roberta.

Postado por: Roberta Ouriques

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