Mestre dos Mares (2003)

Quem é fã do Russell Crowe já teve ter visto esse filme, que teve dez indicações ao Oscar em 2004 (um ano difícil de concorrer, pois rivalizava com O Senhor dos Anéis). Eu fui assistir no cinema quando foi lançado, mas admito que lá no longínquo ano de 2003 (#saudades) eu ainda não tinha uma cabeça para apreciar esse tipo de filme rs. Até que ano passado resolvi assistir de novo. E adorei!

Antes de tudo: Mestre dos Mares (Master and Commander: The Far Side of The World) foi baseado em três livros da série Aubrey-Maturin do Patrick O’Brian. Eu tenho os livros aqui em casa, e um dia vou terminar de ler todos eles (no Brasil foram publicados os seis primeiros volumes e o décimo), mas preciso confessar que demorei séculos para finalizar a leitura do primeiro. Durante as cenas de batalha eu ficava meio perdida hahaha. Sei que não é um orgulho admitir isso, mas fazer o quê né? Estou aqui para dizer verdades rs! E aqui vai uma: é um livro incrível, com escrita impecável e ambientação histórica fascinante! Tanto que tenho certeza que um dia vou terminar, eu só não sei quando rs!

Mas, ok, vamos ao filme:

Estamos em 1805. Jack Aubrey é capitão do navio Surprise, à serviço de sua Majestade, e tem uma missão para cumprir. Ele deve capturar o navio francês Acheron, e é com esse fim que Jack e sua tripulação estão navegando pela costa brasileira. Ali, eles são atacados pelo Acheron e o navio sofre danos graves – mas ao invés de ancorar em um porto no Brasil, Jack decide fazer os reparos em alto-mar, para não perder o Acheron de vista.

Olha que legal os mapas que aparecem no filme (eu tirei essas fotos da televisão gente, por isso essa qualidade tenebrosa rs):

Aliás, esses mapas não são as únicas “participações especiais” brasileiras não! Temos até alguma tentativa de um português brasileiro quando o navio vai até a costa para entregar correspondências e recolher mantimentos para seguir viagem rsrs!

Também a bordo do navio está Stephen Maturin, o cirurgião. Além disso, Stephen é amigo pessoal de Jack, e os dois costumam tocar música nos aposentos do capitão (Stephen toca violoncelo e Jack toca violino). Mas o melhor desse personagem é que, através dele, nós conseguimos ter uma ideia de como era a vida de um cirurgião da marinha naquele tempo. Spoiler: nada fácil.

Não que a vida dos outros fosse fácil né: a vida dos pacientes, por exemplo, era mil vezes pior rs. E esse é o filme ideal se você quer descobrir como as pessoas se viravam a bordo de uma embarcação de guerra no início do século XIX. Para início de conversa, dependia muito de quem você era, é claro. Num navio de guerra, os oficiais tinham muito mais conforto do que os marinheiros (que tinham uma vida infernal!). Mas acho que os marinheiros ainda viviam melhor do que os bichinhos que viajavam a bordo ☹

Se a gente para um pouco e pensa em como eram as coisas, parece impossível que as pessoas realmente passavam meses em um barquinho de madeira, no meio do mar, sem nenhuma tecnologia para armazenamento de água ou comida, sem nada que facilitasse a higiene pessoal, etc etc etc. Mas as pessoas faziam isso! Devia ser um terror completo, e eu sinceramente acho que eu não sobreviveria. Na verdade, sendo absolutamente sincera, eu acho que nem hoje, em 2019, eu subo em um navio rs… ou pelo chão ou pelo céu, nada de mar por aqui.

Para aqueles que vão curtir o carnaval no conforto de casa (como eu!), esse filme é uma ótima pedida hehe. O enredo é ótimo, as atuações estão muito boas e se você gosta das cenas de batalha (como eu!), vai adorar as desse filme (embora não sejam muitas – o filme foca mais na vida dentro da embarcação). Ah, e ele ganhou o Oscar de melhor fotografia, então espere tomadas lindas! O único problema desse filme é que depois do final a gente quer muito uma continuação, mas considerando que o filme já tem pouco mais de quinze anos, acho que a continuação não vem rs.

Espero que tenham gostado da dica!

Com carinho, Roberta.

Postado por: Roberta Ouriques

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