Resenha: Série Sequels – Judith McNaught

Livro 1: Agora e sempre
Livro 2: Algo maravilhoso
Livro 3: Alguém para amar

Hoje vou falar sobre uma série de romances de época que merece ser lida por todo mundo! Nunca tinha lido nada de Judith McNaught, mas já acreditava que era coisa boa, já que é a escritora preferida da Aline Galeote rs. Eu já tinha ouvido falar de algumas polêmicas dos livros dela, como a que tem em Whitney, meu amor, mas sempre ficava adiando a leitura por milhares de motivos. Eis que fim do ano passado resolvi dar uma chance, comecei pelo livro errado, mas amei! Realmente indico a leitura. Quem gosta de romances de época vai se apaixonar, sem dúvidas!

AGORA E SEMPRE

Após perder os pais em um trágico acidente, Victoria Elizabeth Seaton é enviada para a Inglaterra, onde se espera que reivindique seu lugar de direito na sociedade inglesa. Assim que chega à suntuosa propriedade de Jason Fielding, ela é vista por seu tio Charles como a mulher perfeita para o sobrinho.

Assustada com a má fama do marquês de Wakefield, Tory jamais pensaria que sob a frieza e a amargura de Jason haveria lembranças de um passado doloroso a atormentá-lo. Ele, por sua vez, acredita ser incapaz de amar de verdade, quem quer que seja. Juntos, Victoria e Jason descobrirão até que ponto é possível conter um coração que quer se entregar e todos os obstáculos que só um amor verdadeiro é capaz de vencer.

Agora que fui ler a sinopse, e acabei de me dar conta de que, lendo a sinopse, eu não teria tanta vontade de ler o livro rs. Parece a história de outros 500 romances de época, não? Mas não é!

Começando pela escrita e o estilo de Judith McNaught, primorosos e únicos, que tornam a leitura agradável da primeira página até a última. Ela escreve de um jeito que eu gosto muito, fugindo um pouco do clássico “ponto de vista da mocinha + ponto de vista do herói”. Em Agora e sempre há o ponto de vista de Victoria, e há o ponto de vista de Jason, mas outros personagens também têm espaço para mostrarem seus pensamentos e mesmo personagens absolutamente secundários contribuem para a percepção de determinados detalhes.

O enredo em si, que apesar de conter alguns elementos muito utilizados pelas escritoras de romance de época, é muito criativo e acaba se destacando. Victoria é bisneta de uma duquesa, mas nunca teve nenhuma relação com esse lado da família, até que seus pais morrem em um acidente e ela (e a irmã, Dorothy) se mudam para a Inglaterra. O primeiro choque da nova vida, contudo, chega cedo: antes mesmo de chegarem na Inglaterra, Victoria e Dorothy descobrem que vão viver separadas, já que a bisavó se recusa a receber Victoria – que lembra muito sua falecida neta Katherine.

É por isso que Victoria vai parar na casa de Jason Fielding, marquês de Wakefield. Além do parentesco com a duquesa, Victoria é parente de Charles Fielding, duque de Atherton, que também é tio de Jason e que está absolutamente determinado a casar os dois jovens. Com isso em mente, ele resolve levar a jovem Victoria para a mansão de Jason, MUITO contra a vontade deste último.

Jason já foi casado e teve um filho, mas tanto a esposa quanto o filho morreram em um naufrágio, fazendo com que o marquês decidisse que nunca mais se casaria. Ele é aquele típico mocinho que a gente adora: misterioso, lindo, educado, etc etc etc, e ainda mais, pois eu juro que Judith McNaught tem um talento especial para criar os heróis das suas histórias rs! Assim como as mocinhas.

Victoria Seaton cresceu nos Estados Unidos, de forma que as regras da alta sociedade inglesa são estranhas e sem sentido para ela. Ainda assim, ela se afeiçoa de verdade ao seu “tio” Charles e ao “primo” Jason. Os dois se casam por livre e espontânea pressão (hahaha), mas com os problemas de confiança de Jason e a relutância de Victoria (que deixou um “pretendente” nos Estados Unidos) faz com que a convivência deles não seja lá das melhores.

“— Será que não percebe que eu não sei o que é exatamente ser uma esposa? — explodiu Victoria. — Sei cozinhar, costurar e cuidar de um marido, mas você não precisa de mim para nada disso, pois tem outras pessoas para desempenhar essas tarefas. E vou lhe dizer uma coisa, Lorde Fielding. Posso não ser uma esposa muito boa, mas você é o pior marido do mundo! Quando o convido para jogar xadrez, você se zanga. Quando tendo seduzi-lo, idem…”
(Agora e sempre, página 299, tradução de Cristina Laguna Sangiuliano Boa)

Aliás, Jason, apesar de super apaixonante, tem atitudes terríveis e incrivelmente machistas, que a gente só releva quando tentamos encaixar o comportamento no período histórico em que a história se passa. Mas sabe que eu acho até importante? A gente tem que lembrar que, apesar de parecer um mar de rosas nesses romances, a vida das mulheres naquele tempo estava longe de ser fácil.

Enfim, esse é o primeiro volume da série, é ótimo e eu indico para todo mundo! Melhor que ele só o segundo (que na verdade foi o primeiro que eu li), que é fantástico!

ALGO MARAVILHOSO

O tempestuoso casamento de Alexandra Lawrence, uma inocente garota do campo, e Jordan Towsende, o rico e poderoso Duque de Hawthorne, está prestes a enfrentar seu derradeiro teste de lealdade. Inserida no fascinante mundo da sociedade londrina, Alexandra vê-se aprisionada numa teia de ciúmes e vingança, orgulho violento e paixão avassaladora. Mas por trás da máscara fria e arrogante do marido, existe um homem afetuoso, vivaz e sensual: o homem com quem Alexandra se casou. Agora, ela lutará por sua própria vida – e pelo sentimento arrebatador que somente eles dois podem compartilhar.

Vou começar dizendo que eu me apaixonei por um mocinho, tá ok? kkk. Jordan Towsende, conhecido nas rodas da alta sociedade como Hawk, é dono de um dos títulos mais importantes da Inglaterra e leva a vida dos sonhos de quase todos os homens: cheia de festas, amantes e dinheiro. Em outras palavras, uma vida que não combina de forma alguma com casamento. Ainda assim, após ser salvo de um atentado contra sua vida por Alexandra, Jordan se vê encurralado e decide se casar com a garota.

E Alexandra também não estava muuuuito animada para se casar não! A diferença é que, após o casamento, ela decide que fará de tudo para ser feliz e assume seus sentimentos pelo marido, sem qualquer inibição. Alguns poderiam dizer que ela até exagera, exaltando as qualidades (por vezes inexistentes hahaha) do marido.

Para não revelar muito do enredo, que é bastante criativo e por vezes surpreendente, vou parar por aqui, mas quero deixar claro que Algo maravilhoso é um romance de época imperdível viu? E aqui vai um trecho para atiçar a curiosidade:

“— Se alguém presente tiver algum motivo para se opor ao casamento deste homem e desta mulher, fale agora ou cale-se para sempre…
Por um segundo, o silêncio foi total – a mudez tensa e nervosa que sempre se segue ao tradicional desafio –, mas, desta vez, alguém respondeu, e a cerimônia foi interrompida por uma voz de barítono grossa e irônica:
— Existe um motivo…”
(Algo maravilhoso, página 215, tradução de Carolina Simmer)

ALGUÉM PARA AMAR

E agora vamos falar de Alguém para amar, que tinha tudo para ser um favorito para mim e que, infelizmente, não foi.

Em toda a Inglaterra, não há beleza que se compare à de Elizabeth Cameron, a Condessa de Havenhurst. Criada longe dos salões londrinos, ela não sabia que ligações afetivas e financeiras frequentemente se entrelaçam em sutis arranjos de interesses. Quando Ian Thornton, um homem atraente, de origem misteriosa e perigosamente hábil nos jogos sociais aparece, a ingenuidade de Elizabeth a impede de suspeitar de seu comportamento. Os dois embarcam numa relação permeada de intrigas, escândalos e irrefreável sensualidade… mas será amor verdadeiro?

Como eu mencionei, o livro tinha tudo para se tornar meu favorito: Escócia (como eu amo!!), um mocinho enigmático + uma mocinha independente que precisa se adaptar a uma vida diferente (aliás, esse é um ponto em comum entre as três mocinhas dessa série). Só que eu achei esse livro muito chato! E, sendo 100% sincera, estou escrevendo essa resenha inclusive sem terminar a leitura (falta pouco mais de 100 páginas, e eu realmente acho que vou abandonar).

Não é o pior livro do mundo (em questão de romance de época eu diria que é O último dos canalhas kkk), mas eu achei muito enrolado. Tem suas partes boas, é claro, como algumas passagens bem engraçadas, mas, no geral, não gostei muito não. A minha impressão foi que o livro começa de um jeito e tanta coisa aleatória vai acontecendo que a história foi meio que perdendo o sentido… rs

MESMO ASSIM, eu diria que essa é uma série ótima e vale a leitura.

Qual é a opinião de quem já leu? Gostaria muito de ouvir!

Com carinho, Roberta.

Postado por: Roberta Ouriques

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