Resenha: O duque que eu conquistei – Scarlett Peckham

Editora Arqueiro, 287 páginas, tradução de Geni Hirata

A resenha de hoje é de um dos últimos lançamentos de romances de época da editora Arqueiro, que agora está apostando nessa nova autora que eu desconhecia, Scarlett Peckham. E devo dizer: a decisão da editora de apostar nela foi acertadíssima! O duque que eu conquistei é o primeiro volume da série Segredos da Charlotte Street, que eu vou ler com certeza absoluta, pois eu adorei a primeira história que tem como protagonistas Poppy Cavendish e Archer Stonewell, duque de Westmead:

Depois de superar a ruína financeira, redimir o nome de sua família e se tornar o mais lendário investidor de Londres, o duque de Westmead precisa garantir a continuidade de seu título e de sua fortuna. A única forma de fazer isso é gerando um herdeiro.

Para isso, ele tem que arranjar uma esposa que não interfira nos anseios sombrios que ele satisfaz na calada da noite nem faça exigências ao seu coração trancado para o amor.

Poppy Cavendish, a ambiciosa florista contratada pela irmã de Westmead para decorar seu salão de baile, não se encaixa nesse perfil. Ela sempre lutou contra as convenções sociais para manter a própria independência e, por isso, o matrimônio nunca esteve em seus planos.

Mas agora Poppy precisa de capital para salvar seu negócio de plantas exóticas. E a atração que sente pelo duque é tão irresistível que, quando um escândalo acidental torna o casamento com ele o único meio de salvar seu ganha-pão, ela teme querer mais do que o título que ele oferece.

Sendo uma pessoa que já leu mais romances de época do que eu posso contar, é difícil aparecer algo totalmente novo em um desses romances. E isso aconteceu em O duque que eu conquistei – o primeiro romance de época que eu li em que o tema BDSM aparece (eu aprendi essa sigla para escrever a resenha rs).

E quem tem uma queda por esse mundo é Archer Stonewell, o duque de Westmead, que encontra nessas práticas um meio de escapar de traumas e dores de seu passado. E, conforme descrito pelo próprio personagem, ele não tem a intenção de abandonar os “atos dolorosos e libertadores que o mantinham são e forte”. Justamente por isso, tudo o que Archer quer é uma esposa que aceite se tornar sua duquesa para lhe dar um filho e não tenha qualquer curiosidade ou sentimento por ele.

É lógico que se ele encontrasse essa esposa nós não teríamos esse livro precioso, então o destino faz com que ele se sinta obrigado a casar com a senhorita Poppy Cavendish – que, diga-se de passagem, também só aceita se casar por que acredita que o casamento é a única solução para seus problemas (que envolvem, basicamente, seu negócio de plantas exóticas).

Claro que, para complicar ainda mais a situação de Archer e Poppy, os dois se gostam desde o início. E veja bem o que eu escrevi: eles realmente gostam um do outro, não sentem um desejo inacreditável e surpreendente (ok, isso também, mas o ponto era outro rs). Sendo um homem de negócios, Archer admira Poppy em razão do tino comercial da florista. Ela, em contrapartida, aprecia a amizade dele em razão de Archer enxergá-la dessa maneira… e talvez ela comece a sentir um pouco mais do que devia quando eles são forçados a se casar.

“Apesar de todos os segredos, o crime mais doloroso era aquele de que Archer não era culpado. Ele simplesmente não a amava.”
(Página 249, tradução de Geni Hirata)

O que, como podemos imaginar, é um problema: como 1258953216 dos mocinhos dos romances de época, Archer não acha que merece ser amado/que pode amar. O bom é que eles estão sempre errados, né? E que Archer tem um pequeno diferencial: ele não é nem um pouco orgulhoso.

“Ele havia conseguido seu casamento de conveniência. Agora via que era um tolo por tê-lo desejado. Sentia falta de Poppy, do companheirismo que eles haviam compartilhado.”
(Página 210, tradução de Geni Hirata)

Poppy e Archer não são aquele casal que segue a linha “ah, vou ficar de bico e deixar que ele descubra com uma bola de cristal que eu não gostei disso ou daquilo” e isso é simplesmente incrível para a leitura (e para a vida hahaha).

“O rosto dele estava tão cheio de preocupação por ela, tanta maldita seriedade… Aquela sua habilidade era uma desgraça: olhar para ela assim, dizer coisas naquele tom e fazer picadinho de sua cautela. Ele a levava a ser a mais perigosa das coisas: honesta.”
(Página 183, tradução de Geni Hirata)

Bem, resumindo o que acho que vocês devem ter percebido, eu adorei o livro e gostei bastante da escrita da Scarlett Peckham. O casal é incrível, a história é surpreendente em alguns pontos e vai evoluindo, com passagens de tempo e tudo o mais, de uma forma bem gostosa de acompanhar. Como de costume, também, há o personagem secundário que tem destaque já preparando os leitores para sua hora de brilhar como protagonistas! Nesse caso, são Constance (irmã de Archer) e lorde Apthorp. Aliás, no final desse livro nós podemos ler um trecho do livro deles e tudo que eu posso dizer é: quero para ontem! haha. Já vi que o livro também vai ter um diferencial que nunca vi em outros romances de época e mal posso esperar para ler. Quem aí já leu O duque que eu conquistei e também está doida para ler O conde que eu arruinei?

Espero que vocês tenham gostado!

Com carinho, Roberta.

Postado por: Roberta Ouriques

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