Downton Abbey (2010)

Vou confessar: eu tenho sérias dúvidas se existe alguém (que gosta de séries de época, é claro) que não assistiu Downton Abbey ainda – o que poderia tornar esse post meio inútil. Mas como o filme vem aí (chega logo, setembro!), eu resolvi indicar a série aqui no blog. Na verdade, não poderia deixar de fazer isso, já que eu acho que Downton Abbey é uma das minhas séries preferidas! E olha que eu já assisti bastante, ein?

Criada por Julian Fellowes, que inclusive já ganhou um Oscar de melhor roteiro original por Assassinato em Gosford Park (2002), Downton Abbey conta a história da família aristocrática Crawley – e dos empregados que os servem. Quando eu assisti, a série fazia parte do catálogo da Netflix. Hoje já não está disponível no serviço de streaming, mas ainda assim vale um esforço, talvez um investimento, para conseguir assistir todos os episódios (que, aliás, são cinquenta e dois).

A primeira temporada começa com a notícia do naufrágio do Titanic, uma tragédia que traz uma consequência bastante concreta para os Crawley: o herdeiro de Robert Crawley, o conde de Grantham, morre no naufrágio. Isso causa um rebuliço na família, uma vez que, de uma vez só: 1) o conde perde seu herdeiro; 2) lady Mary Crawley, a primogênita, perde o noivo; e, 3) o próximo na lista de sucessão é um Crawley de um ramo menos nobre da família.

Para quem é fã de romances históricos, as regras de sucessão de títulos nobiliárquicos está na ponta da língua, mas não custa relembrar, né? Lorde Grantham, pai de apenas mulheres, tinha como herdeiro o parente masculino mais próximo – independente de quem fosse. Felizmente para lorde Grantham (e para nós), o herdeiro tratava-se de Matthew Crawley (interpretado por ninguém mais, ninguém menos do que Dan Stevens <3), e esse é o ponto de partida da história que conta com seis temporadas incríveis!

Matthew Crawley, ladies & gentlemen! (Foto de Giles Keyle, Carnival Film & Television)

Matthew, um advogado de Manchester, que não tinha a menor ideia de que se tornaria um conde… e que chega em Downton Abbey sem a menor ideia de como fazer isso. Ele chega acompanhado de sua mãe, Isobel Crawley (que, junto Violet Crawley, forma uma das melhores duplas da série), e chega chegando: gritando aos quatro ventos que não vai ser empurrado para cima de nenhuma das filhas de lorde Grantham! E é claro que uma das filhas de lorde Grantham escuta, né? E quem mais se não a maravilhosa lady Mary! Não preciso nem dizer que eles acabam interessados um no outro né?

Verdade seja dita, acho que o Matthew e a Mary são um dos meus casais preferidos da ficção e só por isso eu indicaria a série sem nem pensar duas vezes. Mas esse casal fofura não é o único motivo pelo qual eu considero Downton Abbey uma das minhas séries favoritas hehe.

Começa que é uma série de época, e séries de época são meu ponto fraco. Downton Abbey se inicia um pouco antes da primeira guerra mundial, em 1912, e termina em 1926  – e eventos compreendidos nesse período são retratados na atração. E sendo a ambientação histórica fundamental em qualquer drama de época, Downton Abbey está de parabéns nesse quesito… ainda que o foco principal da série seja a vida privada da família Crawley e os empregados da mansão. E não pensem que por ser esse o objetivo principal do roteiro que a série carece de emoções, ein? Eu sou prova viva de que dá vontade de assistir um episódio seguido do outro por horas a fio!

Outra coisa que gostei muito é que todo ano tinha um especial de natal (também conhecida como a melhor época do ano rs). Eram episódios um pouco mais longos, lançados, por óbvio, no natal. Eu, que assisti a série depois de ela ter acabado, assisti tudo sem esperar, mas para quem assistia e precisava esperar os hiatos, acho que esses especiais eram um jeitinho de matar a saudade hehe.

Lady Mary montando a (magnífica) árvore de natal de Downton! Imagem: Carnival Films

E vem filme por aí!

O sucesso da série foi tão grande (o programa ganhou quatro Emmy’s – incluindo o de melhor minissérie, melhor roteiro e melhor atriz para Maggie Smith – e um Globo de Ouro, dentre outros prêmios) que foi possível realizar um filme para mostrar como está a vida dos personagens depois do final da série (que, ao contrário da maioria, foi bastante satisfatório). Ou seja, em setembro desse ano estamos todos convidados a visitar Downton Abbey e nos encantar novamente com os Crawley e cia 🙂

Só de ouvir a música de abertura nesse trailer já quase me emocionei! Aliás, se um dia eu for para a Inglaterra, um dos lugares que quero conhecer (depois de visitar a “Inglaterra de Jane Austen”, claro) é o Highclere Castle, a casa dos atuais conde e condessa de Carnavon e a casa que foi Downton Abbey nas telinhas. Olha que linda:

Imagina morar em uma casa desse tamanho? Hoje em dia, os proprietários não utilizam todos os cômodos de Highclere Castle, mas na época em que se passa Downton Abbey, as famílias usavam tudo! Para manter uma casa dessas em funcionamento a família precisava de um batalhão de criados! (Imagem Creative Commons)

Espero que tenham gostado da indicação!

Com carinho, Roberta.

 

 

Postado por: Roberta Ouriques

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