Charles Dickens e o natal: um trecho de Mamie Dickens – Meu pai como eu lembro dele

A época de natal já chegou para mim – e, consequentemente, para o blog. E que melhor forma de dar o start do que com um trecho de Mamie Dickens falando sobre o homem que inventou o natal”? Charles Dickens foi mesmo abençoado! Meu livro preferido da vida é “Um cântico de natal” e TODO MUNDO devia ler (de verdade!), mas mesmo que ele não tivesse escrito essa obra-prima, eu acho que me encantaria por ele depois de ler todas as memórias tão lindas que a filha tinha dele (isso me toca muito, pois eu mesma tenho um super pai – na verdade, o melhor de todos – que, coincidentemente, também gosta muito de natal).

Os trechos que eu traduzi são específicos sobre o natal, mas mais pra frente, se vocês quiserem, posso tentar traduzir o livro todo (tem uma parte sobre o amor de Charles Dickens por cachorros que vale muito a pena)! Vamos lá?

Trecho de Mamie Dickens – Meu pai como eu lembro dele (My father as I recall him):

O natal sempre foi uma época que, na nossa casa, era esperada com ansiedade e deleite, e para meu pai era a época mais querida do que qualquer outra parte do ano, eu acho. Ele amava o natal pelo seu profundo significado, bem como pelas suas alegrias, e ele demonstrou isso em todas as alusões, em suas escritas, a esse feriado, um dia que ele achava que devia ser coroado com o amor que devemos ter uns pelos outros, e pelo amor e reverência ao seu Salvador e Mestre. Mesmo nos seus conceitos mais alegres de natal, sempre houve toques sutis e afetuosos que trarão lágrimas aos olhos, e faz com que até mesmo os descuidados tenham uma veneração especial por esse aniversário tão abençoado.

Durante nossa infância, meu pai costumava nos levar, em cada vinte e quatro de dezembro, a uma loja de brinquedos em Holborn, onde nós podíamos escolher nossos presentes de natal e escolher o que queríamos dar de presente para nossos amigos. Embora eu acredite que geralmente nós ficávamos uma hora ou mais na loja, até que nossos variados gostos fossem satisfeitos, ele nunca demonstrou nenhum sinal de impaciência, sempre estava interessado e desejoso como nós de que devíamos escolher exatamente o que nós mais gostássemos. Conforme fomos crescendo, os presentes foram limitados aos nossos aniversários, e essa visita anual à loja de brinquedos em Holborn acabou.

Quando nós ainda éramos bebês, meu pai determinou que nós devíamos ser ensinados a dançar, então, logo que chegamos em Gênova, nós tivemos nossas primeiras lições. “Nosso mais velho e suas irmãs são esperados, semana que vem, por um professor da nobre arte da dança”, ele escreveu para um amigo na ocasião. E novamente, ao escrever para minha mãe, ele disse: “Eu espero que as aulas de dança sejam um sucesso. Não deixe de me contar”.

Nosso progresso na graciosa arte o deleitou, e sua admiração por nosso sucesso era evidente quando apresentamos para ele todos os passos, exercícios e danças que faziam parte de nossas aulas. Ele sempre nos encorajou a dançar, e enaltecia nossas graças e aptidões, embora fosse criticado em alguns lugares, de forma bastante severa, por permitir que seus filhos perdessem tanto tempo e tanta energia treinando os pés.

Quando “os meninos” voltavam para casa para as festividades, havia constantes ensaios para as festas de natal e ano novo: e, especialmente, para a dança da Noite de Reis, o aniversário do meu irmão Charlie. Meu pai insistia para que minha irmã Katie e eu ensinássemos os passos da Polka para ele e o Sr. Leech. Meu pai estava tão determinado a aprender aqueles passos corretamente, era como se nada no mundo fosse mais importante. Normalmente nós praticávamos sem música ou parceiros, e eu lembro que, em uma noite fria de inverno, ele acordou com medo de ter esquecido todos os passos, pulou da cama, e sob a escassa iluminação de candelabro antiquado, e assoviando a música, ele ensaiou com afinco seus “um, dois, três, um, dois, três” até que estivesse seguro de seu conhecimento.

Ninguém pode imaginar nossa euforia e nosso nervosismo quando a noite em que dançaríamos com nossos pupilos chegou. Katie, que era uma menina bem pequena, dançaria com o Sr. Leech, que tinha mais de 1,80m, enquanto meu pai seria meu parceiro. Meu coração batia tão forte que eu mal podia respirar. Eu estava com medo do fracasso de nossa apresentação. Mas meus medos eram sem fundamento, e nós fomos agraciados, no fim da dança, com aplausos generosos, que foram mais do que uma recompensa pelo trabalho despendido para aprender os passos.

Meu pai certamente não era o que, na aceitação geral do termo, nós chamaríamos de “bom dançarino”. Eu duvido que ele tenha tido alguma outra instrução na “nobre arte” além das instruções que eu e minha irmã demos a ele. Nos últimos anos, eu lembro de tentar ensina-lo o Schottische, uma dança que ele particularmente admirava e desejava aprender. Mas embora ele gostasse bastante de dançar, exceto nas reuniões familiares em sua casa ou na casa de seus amigos mais íntimos, eu não lembro de ele ter se juntado aos dançarinos, e duvido que, mesmo quando jovem, ele comparecesse a bailes. Gracioso em seus movimentos, a dança, para ele, era natural. As músicas deleitavam seu espírito alegre e genial: o tempo e os passos das danças combinavam com sua natureza ordenada, se posso falar assim. A ação e o exercício pareciam ser parte de sua vitalidade abundante.

Enquanto eu estou escrevendo do gosto do meu pai pela dança, lembrei de uma anedota característica. Enquanto ele estava cortejando minha mãe, ele foi visitá-la em uma noite de verão. Os Hogarths estavam vivendo pouco afastados de Londres, em uma residência que tinha uma sala de estar com janelas francesas que davam para um gramado. Nessa sala, minha mãe e sua família estavam sentados após o jantar naquela noite em particular, quando, de repente, um jovem marinheiro pulou por uma das janelas abertas e entrou no apartamento, assoviou e dançou uma dança escocesa, e antes de eles terem a oportunidade de se recuperar da surpresa, o marinheiro pulou a janela e foi embora. Alguns minutos depois, meu pai caminhou até a porta de forma tranquila, como se fosse inocente da brincadeira, e apertou as mãos de todos os presentes; mas a visão de suas expressões admiradas se provou demais para sua sobriedade e sua risada calorosa foi um sinal para que o resto das pessoas se unissem em sua diversão. Mas julgando pela sua leve habilidade anos depois, eu acho que ele teve várias aulas para assegurar sua perfeição com a dança escocesa.

Suas habilidades com a dança alcançavam o auge, eu acho, com o “Sir Roger de Coverly” – e no que conhecemos como quadrilhas. Na primeira, enquanto os casais das primeiras fileiras estão dançando, e os casais ao lado devem permanecer parados, meu pai insistia em manter uma espécie de jiga, e batia palmas para aumentar a diversão, e dançando atrás daqueles os quais ele pensava que deviam ter os ânimos elevados, ele não ficava parado por um minuto sequer até que a dança acabasse. Ele gostava muito das quadrilhas, as quais ele aprendeu na casa de amigos queridos em Rockingham Castle, que começavam com um imponente minueto ao som de “God save the Queen”, e depois, repentinamente, se tornava “Down the Middle and up Again”. O entusiasmo dele nesta dança, eu lembro, era tão grande que, uma noite depois de nosso teatro em Tavistock House, quando eu estava totalmente esgotada, já que havia sido a parceira dele, eu fui contagiada por sua alegria, e minha canseira se dissipou. Como ele mesmo disse, quando descreveu a festa de natal do querido amigo Fezziwig (personagem de Um cântico de natal), nós éramos “pessoas que dançam e não tem nenhuma noção de como dar um passo”. Ele gostava dos nossos gracejos da mesma forma, e ele escreveu para um amigo americano, sobre um de nossos natais: “Foster saiu de novo; e se ele não começar a seguir a maneira como nós celebramos o natal, ele deve ser muito forte. Os jantares, conjurações, a cabra-cega, as idas ao teatro, os adeuses aos anos velhos e os cumprimentos aos anos novos nunca foram costume dele. Manter a alegria e escrever esse pequeno livro (Um cântico de natal) foi, como você pode deduzir, bastante trabalhoso. Mas quando eu terminei eu me soltei como um louco, e se você pudesse ter me visto na festa das crianças no Macready na outra noite, dançando uma quadrilha com a Sra. M, você pensaria que eu era um cavalheiro do interior, com uma propriedade independente, vivendo em uma fazenda perfeita, com o vento soprando em meu rosto todos os dias”.

Nas nossas brincadeiras durante as festividades, ele costumava conjurar para nós a “nobre arte” de fazer mágica. Ele escreveu sobre isso, falando que era uma parte das diversões da Noite de Reis, para um outro amigo americano: “As estatísticas da dívida nacional não poderiam calcular o número de crianças que irão vir aqui na Noite de Reis, em homenagem ao aniversário de Charlie, oportunidade para a qual eu providenciei uma lanterna mágica e diversos outros mecanismos da mesma natureza. Mas o melhor de tudo é que Foster e eu compramos em sociedade um equipamento completo de mágica, e eu irei me apresentar. Se você pudesse me ver transformando os relógios dos presentes em latas de chá e fazendo dinheiro voar, e queimando lenços de bolso sem de fato queima-los, e praticando em meu quarto sem ninguém para assistir, você jamais esqueceria enquanto vivesse”.

Um desses truques de mágica consistia em fazer desaparecer, e então reaparecer, uma pequena boneca, que trazia notícias inesperadas para as várias crianças da plateia; essa boneca era uma favorita, e a chegada dela era muito esperada.

Que ele amava enfatizar o natal de todas as formas possíveis, o seguinte trecho de uma nota que ele me enviou em dezembro de 1868 será prova. Depois de falar sobre uma leitura que ele faria na véspera de natal, ele disse: “Ocorreu a mim que minha mesa no St. James’ Hall deve estar apropriadamente ornamentada com azevinho na próxima terça-feira. Se as duas pernas da frente forem enroladas com isso, por exemplo, e se o colocarmos nas bordas da mesa, com um pequeno ramo em cada canto, ficaria com uma aparência festiva. Se você pensar nisso e puder armazenar os materiais em uma pequena cesta, eu irei te visitar no escritório e te levar para a sala onde a mesa vai estar”.

Mas eu acho que as nossas festas de natal e de ano novo em “Gad’s Hill” foram as mais felizes de todas. Nossa casa sempre estava cheia de convidados, enquanto um chalé na vila era reservado para os membros solteiros das nossas festas. Meu pai sempre abandonava o trabalho para aquela semana, e aquilo sempre foi nosso melhor presente. Ele era a diversão e a vida dessas reuniões, o verdadeiro espírito de natal de gentileza e hospitalidade tomava seu grande e generoso coração. As longas caminhadas com ele são momentos para se lembrar. Nós passávamos a noite alegremente com jogos. “Provérbios”, um jogo de memória, era muito popular e era um dos jogos em que eu e minha tia conseguíamos vencer. O incômodo do meu pai com nossos fracassos era engraçado, mas muito genuíno. “Dumb Crumbo” também era um jogo favorito, e nesse a grande habilidade de meu pai para a imitação aparecia. Eu lembro de uma noite, quando ele precisou imitar um sapo, que foi muito engraçado e a memória da ocasião fez Marcus Stone, um esperto artista, convulsionar de rir, quando ele tentou imitar aquilo algum tempo depois.

Em um natal frio, quando a neve estava tão forte que impedia atividades externas com nossos convidados, meu pai sugeriu que ele e os habitantes do “chalé dos solteiros” passassem o tempo desempacotando um chalé francês, que havia sido enviado para ele pelo Sr. Fetcher e que chegou na estação Higham em muitos pacotes. Desempacotar tudo e montar todos os pedaços foi uma ótima forma de preencher o tempo, e se tornou um tópico para as conversas em nosso almoço.

Nossos jantares de natal em “Gad’s Hill” eram particularmente brilhantes e alegres, e alguns de nossos vizinhos mais próximos se juntavam a nós. O pudim de natal tinha sua própria louça especial, ornamentada com azevinho. O pudim era colocado na louça com um raminho de azevinho no centro, pegando fogo, e dessa forma era depositado na frente de meu pai, que sempre o aplaudia. Uma mesa bonita e decorada era um prazer para ele, e desde que eu era uma menina esse gosto cresceu em mim. Quando eu terminava tudo, ele vinha inspecionar o resultado do meu trabalho, antes de se vestir para jantar, e nenhuma palavra que não fosse um elogio chegou aos meus ouvidos algum dia.

Ele trinchava a carne muito bem e muito rápido, e eu posso, com prazer, dizer que ele me ensinou algumas de suas técnicas sobre isso. Eu costumava ajuda-lo em nossas festas em “Gad’s Hill” trinchando a carne ao lado da mesa, voltando para meu assento, de frente para ele, logo que eu acabava. No dia de natal nós enchíamos nossas taças, e, erguendo a sua, meu pai dizia: “Um brinde a todos nós. Deus nos abençoe!”, e todos nós rapidamente e muito de boa vontade bebíamos. A conversa dele, como se pode imaginar, era extremamente bem-humorada, e eu já vi os criados, que estavam servindo a mesa, convulsionarem ao rirem de suas observações engraçadas e suas histórias. Agora, enquanto lembro dessas reuniões, minha visão fica embaçada com as lágrimas que surgem nos meus olhos. Mas eu amo lembrar delas, e ver, nem que seja apenas na minha memória, meu pai em sua mesa, cercado de sua família e de seus amigos – um belo espírito natalino.

“É bom ser criança às vezes, e nunca é melhor do que no natal, quando nosso próprio Grande Fundador era uma criança”, era o conselho dele, um conselho que ele seguia.

Em uma manhã – era o último dia do ano, eu lembro –, quando estávamos no café da manhã em “Gad’s Hill”, meu pai sugeriu que celebrássemos a noite com uma charada que deveria ser encenada em forma de uma pantomima. A sugestão foi recebida com aclamação, e em meio a gritos e risadas nós andamos para lá e para cá, convidados e membros da família, cada um com um papel atribuído para si. Meu pai reuniu as coisas para servirem de palco, e nós “ensaiamos” pelo menos quatro vezes pela manhã, e no meio do nosso entusiasmo nós mal lembramos de uma parte necessária para uma charada, a plateia, que deveria adivinhar a pantomima. Durante o almoço, alguém perguntou de repente: “Mas e a plateia?”. “Meu Deus”, disse meu pai, “eu esqueci dessa parte”. Rapidamente enviamos convites para nossos vizinhos, e a ceia precisou de preparações adicionais. A plateia chegou na hora certa, e a charada foi encenada com tanto sucesso que aquela noite se mantém em minha memória como uma das mais alegres de todas as noites alegres na nossa casa. Meu pai estava tão engraçado no seu papel que o resto de nós quase achou impossível manter um controle suficiente para garantir que a charada seguisse o curso que deveria seguir. A charada acabou em uma quadrilha, que foi pensada pela manhã e praticada quase doze vezes durante o dia, e que terminou pouco antes da meia-noite. Depois, guiando todos nós, personagens e plateia, para a grande sala, e abrindo a porta, meu pai, com o relógio na mão, parou para ouvir os sinos soarem no novo ano. Ficamos todos em silêncio depois de todas aquelas risadas e alegria! De repente, o estrondo dos sinos soou, e virando-se para nós, ele disse: “Um feliz ano novo para todos nós! Deus nos abençoe”. Beijos, desejos de felicidade e apertos de mão nos trouxeram de volta para a diversão e o contentamento experimentados momentos antes. A ceia foi servida, o vinho quente com canela foi bebido em brindes, e a mais maluca e selvagem “Sir Roger de Coverley” terminou nossa noite e iniciou o ano novo.

Em um dia de ano novo, meu pai organizou alguns esportes de campo em uma campina que ficava atrás de nossa casa. “Corridas a pé para os colonos no meu terreno amanhã”, ele escreveu para um amigo, “e nós trabalhamos duro durante o dia todo, construindo um percurso, fazendo incontáveis bandeiras, e não sei mais o quê, Layard (o último Sir Henry Layard) é o chefe da polícia doméstica. A polícia externa prevê uma multidão grandiosa”.

Havia cerca de duas ou três mil pessoas nessas ocasiões, e como que por uma influência mágica, meu pai parecia liderar cada um presente e fazia o seu melhor para manter a ordem. A possibilidade de as coisas darem errado era antecipada, e apesar do preconceito dos vizinhos com o empreendimento, a crença e a confiança do meu pai em seus convidados não ficavam desapontadas. Mas vocês devem ler o relato dele mesmo sobre seu sucesso: “Fizemos um ótimo percurso”, ele escreveu, “e sofremos duras penas. Encorajado pela experiência do juiz do críquete, eu permiti que o proprietário do Falstaff montasse uma barraca de bebidas. E sem querer criar regras ou desconfianças, eu paguei tudo em dinheiro. A grande parte dos presentes era composta de trabalhadores de todos os tipos, soldados, marinheiros e oficiais da marinha. Eles não tiraram uma corda ou uma estaca do lugar desde as dez e meia da manhã, quando começamos, até o pôr do sol, quando terminamos: e eles deixaram cada obstáculo e cada bandeira tão limpos como encontraram. Não houve disputa, e nem embriaguez. Eu fiz um pequeno discurso no gramado no final dos jogos, dizendo que, quisera Deus, nós repetiríamos a festa no próximo ano. Eles comemoraram lascivamente. A estrada entre a festa e Chatham parecia uma feira o dia inteiro; e certamente é uma coisa boa conseguir um comportamento perfeito de uma cidade portuária imprudente”.

Por muitos anos consecutivos, a Srta. Coutts, agora baronesa Burdett Coutts, manteve o hábito de enviar para meu irmão, em seu aniversário, o mais grandioso dos bolos do Dia de Reis (Twelfth-cakes), acompanhado de uma caixa de bombons e personagens do Dia de Reis. O bolo era cortado e os presentes e os bombons eram distribuídos no jantar de aniversário, e era nessa hora que a natureza gentil e genial do meu pai aflorava em contentamento. Ele tinha uma brincadeira para fazer com todo mundo, e, sob a atenção dele, a mais tímida das crianças se abrilhantava e ficava feliz. Ninguém passava despercebido ou era esquecido por ele; como os pequenos Cratchits, ele era “onipresente”. O jantar era seguido por músicas e recitais performados por vários dos presentes, meu pai sempre atuando como mestre de cerimônias, e pedindo ajuda de uma criança, depois de outra, para contribuírem com as festividades. Eu posso ver as feições ansiosas que encaravam os olhos radiantes e sorridentes do anfitrião! Quão atentamente ele ouvia, com sua cabeça caída levemente para trás, e um pouco para um dos lados, e um sorriso feliz em seus lábios. Ah, esses tempos alegres, nunca serão esquecidos por nenhum de seus filhos e nenhum de seus convidados. Esses tempos alegres!

E ao escrever tudo isso sobre as antigas festividades de fim de ano, quando éramos tão felizes em nossa casa, e quanto meu pai ainda estava conosco, deixem que eu adicione uma última nota e os felicite nesse natal de 1896 com as palavras do meu pai:

Reflita sobre suas bençãos presentes, as quais todos os homens têm muitas, não sobre suas desgraças passados, pois todo homem tem algumas. Encham seus copos novamente com um semblante alegre e um coração contente. Vamos dar tudo de nós, mas seu natal será alegre e seu ano novo também. Então que esse ano novo seja um ano feliz para você, e feliz para todos aqueles que dependem de você para ser feliz! E que todo ano seja mais feliz que o anterior, e que nenhum de nossos irmãos e irmãs sejam impedidos do direito de desfrutar do que nosso Criador criou para nós.

Espero que tenham gostado!

Com muito carinho, Roberta.

A imagem em destaque é uma das ilustrações de John Leech para a primeira edição de Um Cântico de Natal.
Postado por: Roberta Ouriques

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